A Viagem

Caaaallooooorrr! Estou aqui com o ar condicionado ao máximo, e mesmo assim tenho um ligeiro toque de perspiração na testa. Ou será condensação? Pois que a humidade aproxima se do 100% de saturação (vocês que tiveram meteorologia sabem do que estou a falar pelo menos:P). Sem exagerar, no tempo que levaram a trazer a minha mala do avião até ao terminal, ela ficou coberta em condensação. Isto ás duas da manha.

Ora bem, a viagem há que se dizer que não foi muito emocionante (feliz ou infelizmente?). Fui de comboio até Lisboa com um casal de amigos que iam prá vadiagem durante uns dias. E depois directo para o aeroporto de táxi. Lá cheguei por volta das 18h e ainda com 4h para queimar.

Apesar do check in ainda não estar aberto, descobri pra lá o "self service check in" que permitiu despachar-me logo. Seguio-se uma confusão lá do pessoal da TAP, que adicionado ao meu charme e boa disposição (sim, vocês é que não conhecem essa minha faceta :p ) resultou nas minhas malas serem despachadas através da Zona Executiva (muahaha).

Passei uns tempos a vaguear pela zona de embarque, á procura de uma máquina fotográfica de preço razoável (sim que a minha morreu enquanto estava a fazer as malas) mas sem sucesso.
Acabei por me sentar com um capuccino (3,20€!!!) a ver o filme Little Miss Sunshine (que já agora, recomendo).

Hora de embarque..blá, blá..entrar no avião, etc..Ah! tenho uma queixa a fazer da TAP de hoje em dia! As hospedeiras (ou o que raio é elas se chamam hoje em dia) já não são o que eram pá! Naaa, tou a brincar, extremamente simpáticas e prestáveis (o Luis então, haveria de ter gostado especialmente do "hospedeiro" :p).

Levantar voo e tal..nada de especial. No entanto, voar após haver recentemente grandes acidentes de avião é sempre naquela (admitidamente não foi a minha primeira vez: voei da Escócia para Portugal no dia a seguir ao 9/11).

Pela segunda vez na minha vida, fiz anos no ar (há pois é seus porcos! não se lembraram!:p ). A primeira foi quando tinha 3 ou 4 anos e voava de Moçambique á Austrália para ir visitar os meus avós.

Único momento emocionante foi a aterragem. Muita turbulência na descida, e o avião ressaltou quando bateu no chão, mas tudo sobre controlo. Toda agente bateu palmas ao piloto, algo que já não ouvia desde os meus tempos de moço mais novo. Por acaso é algo que tenho pena, antigamente mesmo a viajar na Europa toda gente batia palmas nas aterragens...hoje em dia, viajar por avião já é algo tão banalizado que..enfim...

Atravessar a pista de aterragem a pé ate ao terminal (sim que na tamos pa tar com essas modernices de andar de autocarro), buscar a mala (grande confusão, heh, mesmo só visto). Passar pela alfândega, onde me pediram um "sumo" ou "fim de semana", que é basicamente, uma gorjeta. Mas como não tinha ainda francs cfa, dei pa lá uma desculpa e eles cagaram-se para mim :p

Lá estava o meu velhote á minha espera, fomos para casa de jipe (logo vos mostro fotos da avenida principal de Bissau, nunca mais vocês se queixam dos buracos na estrada). Ah ia me esquecendo: no parque de estacionamento do aeroporto, entre carrinhas enferrujadas e táxis antigos, estava um Hummer (de acordo com o meu velhote, 1 de 5 que há no pais).

Casa, á luz de velas (os geradores são desligados a partir pai da meia noite, uma da manha. As palavras de bem vinda do meu pai: "Há água fresca no frigorífico e álcool pesado na sala. Boa noite."

E foi assim a minha chegada a Bissau.